Neste mês de junho (2018) enquanto realizávamos um estudo de viabilidade de empreendimento na Baia da Babitonga entre as praias de Itapoá e São Francisco do Sul – SC encontramos um exemplar da Phyllorhiza punctata na praia. Esta espécie de água-viva é exótica em nosso país, então achamos interessante disponibilizar algumas informações sobre a mesma.
Morfologia: É uma espécie de macromedusa, com sino de natação podendo chegar a 50 cm de diâmetro, coloração marrom-azulado com pontos brancos distribuídos por todo o corpo, possui 8 braços orais grandes e transparentes. Dos braços saem tentáculos com aparência de fitas (2). A Phyllorhiza punctata possui nematocistos com toxinas que podem causar acidentes de queimaduras nos banhistas (3).
A Phyllorhiza punctata também conhecida como água-viva australiana manchada, é uma medusa nativa no Pacífico Ocidental da Austrália ao Japão, mas tem sido encontrada em diversos lugares do mundo. Esta situação preocupa ambientalistas devido ao seu hábito alimentar. A sua alimentação se baseia em zooplâncton, ovos e larvas de espécies de peixes nativos. Esta água-viva é considerada invasiva na costa brasileira e pode prejudicar o ecossistema, como já foi registrado no México (3). Há registros esporádicos de sua ocorrência no Brasil desde a década de 50 (1).
Referências Bibliográficas
- Água-viva viajante. Site pesquisado: chc.cienciahoje.uol.com.br/agua-viva-viajante. Data de acesso: 21/06/2018.
- Instituto Ambiental do Paraná – IAP. Site pesquisado: www.iap.pr.gov.br/galeria/1/15/Phyllorhiza-punctata.html/. Data de acesso: 21/06/2018.
- ROSA, Mayra. Ocorrência de água-viva australiana preocupa pesquisadores em Ubatuba. Site pesquisado: ciclovivo.com.br/planeta/meio-ambiente/ocorrencia-de-aguaviva-australiana-preocupa-pesquisadores-em-ubatutba/. Data do artigo: 03/05/2013. Data de acesso: 21/06/2018.
